Primeiramente, acho importante dizer que esse post não será de fato uma resenha, apenas uma apresentação da história do livro e um pouco da minha opinião sobre ele. Para aqueles que se interessam e não leram, NÃO HÁ SPOILERS (pelo menos nenhum que eu tenha percebido), podem ler tranquilamente.
Recentemente terminei de ler "Todos os Nossos Ontens", escrito pela Cristin Terrill. O livro tem 352 páginas e apresenta como tema principal a viagem no tempo. A sinopse do livro, divulgada em alguns sites de livrarias e também no skoob, inicia-se com 3 perguntas: "O que um governo poderia fazer se fosse capaz de viajar no tempo? Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse? Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem?". Posteriormente, a sinopse passa para um segmento mais profundo, dizendo que o mundo se tornou um lugar oprimido pela força do governo e a população não tem mais a liberdade de ir e vir garantida. Sendo que tudo isso aconteceu como consequência de uma viagem no tempo.
Um dos motivos pelos quais eu escolhi ler esse livro foi achar interessante o tema "viagem no tempo" e também porque queria algo diferente das minhas leituras passadas. Acredito que seja um desafio para qualquer autor se embrenhar nos caminhos que envolvem viagens temporais, já que cada vez que paramos para pensar podemos chegar em novas perguntas e poucas certezas. Dessa forma, acho que o leitor que se propõe a ler algo nesse gênero não deve esperar que 100% dos fatos sejam totalmente explicados e que tudo faça um completo sentido.
Na minha opinião, o fato de a narrativa ser boa e apresentar uma ideia que faça com que os leitores consigam de fato imaginá-la em suas próprias mentes, já tem um peso positivo muito considerável. "Todos os nossos ontens" foi capaz de atingir esses dois quesitos citados de uma forma que eu não percebia que estava lendo várias páginas por dia, a leitura simplesmente fluía e eu entrava na história, ficando até mesmo na expectativa de saber como os personagens agiriam frente a determinada situação. Acho que o livro também conseguiu equilibrar da forma correta o que eu chamaria de limite entre o "mimimi" e o conflito interno dos personagens. Apenas em uma parte próxima ao final eu achei que esse limite pendeu um pouco para o lado do "mimimi" e que poderia ter sido mais dinâmica, mas talvez o modo apresentado fosse necessário para criar o clima dramático da situação.
Um comentário talvez um tanto quanto negativo se refere ao que a sinopse aparentemente promete e o que realmente acontece no livro. Na minha opinião, nem todas as vertentes apresentadas inicialmente foram de fato atingidas, mas não acho que isso prejudique a história quando o leitor consegue de fato participar dela.
Em síntese, "Todos os Nossos Ontens" consegue prender a atenção, ou pelo menos conseguiu prender a minha, e é um livro que eu acharia interessante ser adaptado para o cinema.
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